Ex-Iugoslávia: Um Guia Prático

Caríssimos amigos viajantes e seguidores,

voltei para continuar falando sobre os meus mais do que queridos países que compunham a ex-Iugoslávia (Croácia, Sérvia, Bósnia e Herzegovina, Eslovênia, Montenegro e Macedônia) e sobre as minhas experiências por lá.

Há algum tempo escrevi sobre eles, mas foi um post um pouco diferente, pois o foco eram as minhas amizades, que me levaram a voltar e a continuar voltando para essa incrível região. Hoje darei algumas dicas gerais sobre como é viajar por lá.

COMO CHEGAR E VISTOS

Não há voos diretos entre o Brasil e os países supramencionados. Normalmente faço conexão em Amsterdan, pela KLM, ou em Munique, pela Lufthansa. Há outras opções, mas como prefiro essas companhias, serão as únicas que recomendarei.

Se você já estiver na Europa e quiser ir para lá por terra, as opções são várias. Já entrei na Croácia e na Sérvia por trem, vindo da Hungria e na Macedônia de ônibus, vindo da Albânia. Também já saí de lá pela via férrea, da Sérvia para a Romênia e da Eslovênia para a Itália (via Áustria).

Brasileiros não mais precisam obter vistos com antecedência para visitar os países que compunham a ex-Iugoslávia.

GUIAS

Como sempre, recomendo os guias do Lonely Planet, não apenas para essa região, mas para qualquer lugar do planeta que se queira visitar. Recomendo o Southeastern Europe ou o Eastern Europe, que englobam os países da ex-Iugoslávia, bem como outros. Existe um guia apenas sobre a Croácia também. Lembro que não é necessário comprar o guia físico; é possível comprar sua versão em PDF.

Um guia interessante, mas menos completo, que se pode encontrar para baixar de graça é o In Your Pocket, o qual também pode ser achado, igualmente de graça, no formato de revista, quando se está lá.

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DINHEIRO

Na Croácia a moeda é a Kuna, na Sérvia se usam Dinares sérvios, na Macedônia os Dinares são macedônios e na Bósnia se usam Marcos convertíveis. Euro só na Eslovênia e em Montenegro. Boa sorte ao tentar lembrar quanto vale cada moeda! Cartões de crédito ou cartões de viagem facilitam a vida de todos nós (mas esperem voltar com muitas moedas e cédulas que não valem muito)!

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O POVO

Não há como falar sobre a Croácia, a Sérvia, a Bósnia, a Macedônia, Montenegro e a Eslovênia sem falar sobre as pessoas que lá vivem. Durante todas as minhas passagens por esses países, que já devem somar mais de três meses, nunca tive problemas com os locais, muito pelo contrário. A cordialidade, a simpatia e a receptividade, definitivamente, são a marca registrada dos cidadãos desses países. Não à toa, fiz várias amizades com locais das mais variadas origens e tantas outras, a partir dessas.

Há algumas regras de etiqueta que variam de país para país. Na Bósnia, por exemplo, devem-se tirar os sapatos ao entrar na casa de alguém (e em alguns albergues também). Sobre isso me aprofundarei mais quando escrever sobre cada país.

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O CLIMA

Já sofri com 42°C na capital eslovena, Ljubljana, em julho de 2005, e já enfrentei -15°C em Skopje, capital da Macedônia, em dezembro de 2012. Como não suporto o calor, prefiro visitar a região durante o inverno ou o outono.

Todavia, como em quase todas as regiões do mundo, hoje em dia é impossível fazer previsões muito corretas sobre o clima. Há alguns meses, cidades da Bósnia, da Sérvia e da Croácia ficaram devastadas por inundações jamais vistas, isso depois de um dos invernos mais quentes por lá. Por outro lado, há uns três anos, uma massa de ar gelado estacionou sobre a região, isolando milhares de pessoas, por conta das estradas bloqueadas pela neve.

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SEGURANÇA

Outro ponto que pode surpreender positivamente quem não conhece muito bem a região é a segurança. Mas uma vez, nunca enfrentei problemas nesse quesito. Os índices de criminalidade nas capitais e principais cidades desses países são indubitavelmente bem mais baixos do que o das principais cidades europeias ocidentais. Ademais, as cidades são bem policiadas e também nunca tive problemas com policiais corruptos, como se ouve falar em alguns outros lugares do Leste europeu.

Obviamente, não é por isso que você vai andar com dinheiro à mostra, a mochila ou a bolsa aberta e etc. Bom senso é sempre válido e batedores de carteira, especialmente crianças e adolescentes de algumas minorias étnicas regionais podem tentar se aproveitar de você.

GUERRA E NACIONALISMOS

Alguns mais desavisados às vezes me perguntam: “E a guerra?” E então respondo: “Em que década você está?”. As guerras lá acabaram há um bom tempo e o que acontece hoje, raramente, são tensões étnicas em regiões de fronteira, as quais, na maioria das vezes, não são interessantes ou podem ser evitadas. Todavia, as marcas das guerras podem ser vistas em cidades como Sarajevo, Osijek e Mostar. Em Belgrado é possível ver alguns danos provocados pela agressão da OTAN à Sérvia, em 1999.

As guerras acabaram, mas ao falar com os locais, é sempre bom ser prudente e evitar comparações entre países ou povos. Ademais, não se deve tratar as guerras como um mero incidente sem importância e fazer piadas (lembrem-se: há parentes de vítimas dessas guerras por todos os lados e tudo ainda é muito recente). As guerras podem ter acabado, mas os ânimos de muitos, ainda não se acalmaram! Se, eventualmente, você criar laços de amizade com alguém de lá, pode fazer qualquer tipo de pergunta. Foi assim que aprendi muito sobre a região, mais do que com qualquer livro que já li sobre a ex-Iugoslávia.

Por favor, se você comprar uma camiseta de souvenir na Croácia, não saia desfilando com ela na Sérvia. Pode ser que nada aconteça, mas pode ser que dê merda. A Croácia e a Sérvia foram apenas um exemplo. Evite coisas do tipo em qualquer um desses países, a menos que você queira conhecer um hospital durante sua estadia!

O real perigo consiste na existência de algumas minas terrestres em certas regiões remotas da Bósnia, onde ocorreram conflitos na década de ’90. A recomendação que sempre leio é a de não se aventurar pelo mato nessas regiões, nem que se trate de uma parada estratégica para aliviar certas necessidades fisiológicas durante uma viagem de carro. Todavia, isso não diz respeito ao país como um todo.

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COMO SE LOCOMOVER

Para se locomover dentro dos países, a melhor opção é o ônibus, com muitos horários e destinos. Algumas restrições valem apenas para a Bósnia, que é dividida em dois entes federativos diferentes, a República da Sérvia e a Federação Muçulmano-Croata, sendo que o transporte entre essas duas partes do mesmo país é um pouco mais confuso e precário.

O trem é uma alternativa, mas não tão viável quanto na Europa ocidental. Muitas das linhas férreas nas quais viajei já não há mais trens operando, seja por motivos políticos, seja por falta de passageiros, seja por conta da crise econômica europeia, que teve impacto na região.

Tendo em vista que a oferta de transportes pode mudar de um dia para outro, repito a dica que já dei quando escrevi o post com dicas gerais de viagem: digitem no seu buscador de preferência frases como “from Zagreb to Belgrade by train” ou “from Skopje to Nis by bus”; dessa forma, encontrar-se-ão fóruns de discussão atualizados e dicas de outros viajantes que estiveram por lá recentemente.

Dentro das cidades, prefiro andar a pé, já que os locais mais interessantes são facilmente alcançados dessa maneira. Raras foram as vezes que tive que usar transporte público. Lancei mão deles apenas em Zagreb (onde o transporte público é um exemplo, com seus trams pontuais e confortáveis), em Sarajevo (com algumas linhas de bondes um pouco velhas e não muito pontuais) e em Belgrado (com seus ônibus).

Jamais se esqueça de pagar para utilizar o transporte público e de validar a passagem! A fiscalização existe e poderá te pegar de surpresa, como já vi acontecer muito em Zagreb e Sarajevo! Taxi, apenas em último caso.

Alugar carro? Não o faria, pois não sei dirigir. Ademais, as estradas não são um tapete e a imprudência é uma marca de muitos motoristas da região.

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COMIDAS

Não sou do tipo que se aventura na gastronomia local, já que sou o que os ingleses chamam de “picky eater”. Não como uma infinidade de coisas nem mesmo Brasil e, portanto, também não me arrisco quando viajo. Justamente quando resolvi comer uma dessas coisas que não estão no meu menu diário, passei mal. Foi quando experimentei o ćevapi (ou ćevapčići), em Sarajevo (é um prato que consiste em linguiças de carne, na maioria das vezes de porco, dentro de um pão similar ao sírio, com molho ou cebola). Prefiro sempre as opções mais seguras. Só digo aos vegetarianos que, em alguns lugares da ex-Iugoslávia, as opções são muito limitadas.

Foi na Bósnia onde comi o melhor prato da minha vida: bife ao molho de chocolate apimentado (na foto ele está sem as verduras e outros legumes que o acompanham, pois peço para tirá-los….sou chato demais para comer)! Ele pode ser encontrado em um restaurante muito pequeno em Sarajevo, chamado “club To be or not to be”. Recomendo muito! O atendimento é impecável e o prato é preparado na hora, com todos os seus ingredientes frescos!

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BEBIDAS

Prepare o seu fígado, caro viajante! O pessoal por lá bebe e muito!

A bebida local se chama rakja e seu teor alcoólico é de 40% (as caseiras têm teor alcoólico maior)! A rakja é facilmente encontrada em todos os países da região e é normalmente servida como um “welcome drink” em bares e albergues. Feita a partir de frutas, ela conta com inúmeras variações. A melhor que já tomei foi no albergue Habitat, em Belgrado, caseira, e com um leve toque de mel.

Não sou fã de destilados, mas a rakja merece todo o meu respeito!

As cervejas, que prefiro, também são fantásticas, seja no preço quanto no sabor. As mais populares são a Karlovačko e Ožujsko (na Croácia), a Sarajevska (na Bósnia), a Jelen (na Sérvia), a Nikšićko (ou Nik, em Montenegro), a Skopsko (na Macedônia) e a Laško (na Eslovênia).

O café também é muito popular na região e o destaque é o café bósnio! Experimente!

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LÍNGUA

Embora cada país alegue possuir sua própria língua, no final das contas, pelo menos as frases mais usadas pelos viajantes, como “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “obrigado”, “desculpe-me” e “você fala inglês?”, são as mesmas para todos esses países. Basta consultar qualquer site sobre frases imprescindíveis para quem viaja por lá ou então consultar a seção de frases úteis de seu guia de viagens preferido.

O único problema que pode surgir são os escritos em alfabeto cirílico na Macedônia, na Sérvia e em partes da Bósnia e de Montenegro. Todavia, muitas das indicações são escritas nos dois alfabetos: no latino e no cirílico.

Ademais, por se tratar de um povo extremamente culto, a maioria das pessoas fala inglês, especialmente nos lugares onde se espera a visita de viajantes, como restaurantes, albergues e museus. Já nos litorais croata e montenegrino, pode-se falar italiano sem muitos problemas.

Ah, uma dica importante: cerveja lá se chama “pivo”!

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MULHERES QUE VIAJAM SOZINHAS

Já encontrei várias mulheres viajando sozinhas pela região, vindas dos mais diversos países, e nunca ouvi qualquer queixa. Portanto, se a Senhora ou a Senhorita tem intenção de conhecer os ex-países iugoslavos e não tem companhia, não tenha medo!

VIAJANTES GAYS, LÉSBICAS, TRANSEXUAIS E AFINS

Sinto muito, mas devo informar que as demonstrações públicas de afeto entre casais que não correspondem ao padrão considerado “normal” de relacionamento não são muito bem vistas pelas pessoas das ex-Repúblicas iugoslavas. As raras exceções se fazem notar na Croácia e na Eslovênia. Ainda assim, recomendo a discrição acima de tudo. Todavia, as coisas estão mudando, ainda que gradativamente. Cada vez mais, as formas “não-tradicionais” de amor vêm sendo aceitas.

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CONCLUINDO

Meus caros, não pretendia que esse post fosse exaustivo sobre os países que compunham a ex-República Iugoslava, mas que fosse um relato daquilo que vivi e experimentei por lá.

Jamais daria dicas ou opiniões sobre coisas que não vivenciei. Trata-se do olhar de um viajante através de sua ótica pessoal sobre a região. Acharia muito presunçoso ou até mesmo enganoso de minha parte recomendar coisas pelas quais não passei.

Para encerrar, copio o que postei no Facebook quando estive em Belgrado, Sérvia, pela primeira vez, no outono de 2011, depois de ter passado pela Croácia, Bósnia e Herzegovina e Montenegro. Já havia visitado a Eslovênia, em 2005, bem como a Croácia e só me faltava visitar a Macedônia, o que fiz em 2012. (Preferi não corrigir o texto, para manter sua autenticidade).

“Hoje e a minha ultima noite aqui em Beogrado e, mais uma vez, estou triste por deixar uma cidade que simplesmente amei. Alem do mais a ficha caiu sobre uma coisa: se estivesse aqui antes de 1991 eu teria viajado por quase tres semanas dentro de apenas um pais, o qual seria certamente um dos mais belos, mais visitados e mais ricos em todos os sentidos.
Porem, as manipulacoes ultranacionalistas daqui e tambem as escusas influencias politicas internacionais se verificaram e simplesmente destruiram a Yugoslavia. As recentes guerras deixaram varias marcas visiveis, mas as invisiveis sao as mais dificeis de serem reparadas e so com o passar de mais algumas geracoes elas talvez tambem desaparecam.
Infelizmente nada mais pode ser feito, mas pelo menos fiquei feliz em ver que cada um no seu ritmo tomou ou esta tomando o caminho certo e que ha, ja no presente, uma cordialidade entre eles, como vizinhos que se tratam respeitosamente e que enfrentam diversos problemas em comum.
Para mim ficou claro que eles sentem uma certa nostalgia de quando todos formavam uma unica e forte familia. Todavia, como se sabe, quando membros de uma familia brigam e dificil deixar o orgulho de lado, admitir os proprios erros e perdoar os erros dos demais.
Enquanto esse dia nao chega, acredito que todos “secretamente” sonham em como seria incrivel se o orgulho fosse esquecido e se tudo pudesse ser perdoado, ou melhor, como seria se nada tivesse acontecido.”

Para finalizar, uma foto do túmulo do Tito, em Belgrado, que conseguiu manter todo esse pessoal unido por algumas décadas.

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Esse é o resumo da minha experiência por aquelas terras e espero que vos sejam úteis!

Muito obrigado pela visita!

Até a próxima!

22 pensamentos sobre “Ex-Iugoslávia: Um Guia Prático

  1. Nathan, gostei bastante do blog, principalmente pela mensagem positiva que você passa dessa região. Assim, espero que você ainda esteja por aqui para me ajudar. Eu tenho o Guia do Leste Europeu (Lonely Planet), mas ainda não me aprofundei nela sobre pontos específicos pois tenho, inicialmente, essas questões mais gerais. Eu, 61 anos, e geralmente sozinho, costumo fazer viagens “temáticas”. Fora visitar por 40 – 50 dias um único país, se grande, também já usei esse tempo para, por exemplo, o grupo de países do BENELUX, para os Países Bálticos, e para a República Tcheca e a Eslováquia. Pois agora gostaria de me aventurar (e sempre o faço de carro, e entre setembro e novembro) pela antiga Iugoslávia (sim, sei que você não usa carro, mas temos em comum o gosto pelo outono por lá). Pois aqui vão as questões, sabendo que meu interesse maior é por história, arte e religião (natureza ficando em segundo plano, com praia em terceiro, hehe): você acredita que, com esse tempo de 40 a 50 dias, eu conseguiria ver bem o conjunto desses países (ficando no mínimo 3 dias inteiros em cada capital, e 2 dias inteiros em outras cidades interessantes, sem contar os dias de viagem)? Ou seria melhor ver 3 países numa primeira visita, deixando os demais países da ex-Iugoslávia para outra oportunidade, curtindo melhor, e mais cidades de cada país? De qualquer maneira, quais os 3 a 4 países da região que você colocaria como indispensáveis, em função dos meus gostos e de um trajeto regular por estradas? Ou seja, nada tipo Eslovênia, Croácia e… Macedônia, pois haveria outros países no meio… Enfim, se puder dar uma luz, eu te agradeço. Abração. Décio.

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    • Continuando a ler seus posts, me apaixonei pela Sérvia. O que sugere, andando de carro durante 40 a 50 dias por ali, em função do meu histórico enviado antes?

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  2. Olá, Nathan! Parabéns pelo blog. Minha viagem já esta começando por aqui graças à riqueza de conteúdo nos seus relatos!

    Bom, estou programando minha viagem para a Europa em Agosto. Ainda não comprei as passagens pq gostaria de definir alguns detalhes importantes no roteiro (como por onde começar, por exemplo). Portanto, gostaria de pedir uma ajudinha, se possível.

    Serão 25 dias e a ideia é visitar
    R. Tcheca (Praga e Český Krumlov) 4 dias
    Hungria (Budapeste) 5 dias
    Eslovênia ( Ljubljana e Bled) 4 dias
    Croácia (a definir) 7 dias
    Bósnia (Saravejo e Mostar com cachoeiras de Kravice) 4 dias

    Ah, um detalhe importante é que como nao dirijo a locomoção será toda com transporte publico. Como falei anteriormente a maior duvida é por onde começar a viagem… Inicialmente pensei no seguinte R. Tcheca – Hungria – Eslovênia – Croácia e Bósnia . O problema é que se o destino final fosse Bósnia, provavelmente teria que retornar a algum outro lugar para voltar ao Brasil, né? A outra alternativa que pensei seria começar por Budapeste e terminar em Praga. Mas não gostei muito desse cenário.

    Bom, a outra grande questão no roteiro é em relação a Croácia. Não vai dar pra visitar todos os lugares (infelizmente) então a ajuda seria para ajudar a eleger alguns. A ideia na Croácia é aproveitar as belas praias para relaxar das andanças nos demais países. Inicialmente tinha pensado em Zagreb, Split e Dubrovnik.

    O que vc acha do roteiro? Muito corrido para 25 dias? Se puder me ajudar, agradeço!
    Abs

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    • Salve, Caio! Primeiramente, muito obrigado pela visita e pelo comentário. Sobre o ponto de partida e de chegada: de qualquer forma, você terá que fazer escala antes de chegar no primeiro país e antes de voltar ao Brasil. Para mim, a melhor opção seria com a Lufthansa, via Munique (embora não saiba como estão os preços agora). Em assim sendo, tua ideia de Rep. Tcheca – Hungria – Eslovênia e Bósnia está ótima! Esse teu roteiro, inclusive, lembra muito o do meu primeiro mochilão, a diferença é que comecei na Alemanha, terminei na Itália e passei pela Eslováquia e Áustria no caminho. Inclusive, dar uma parada, nem que seja por um dia, em Bratislava, seria uma boa entre Praga e Budapest. Sobre os períodos de estadia: Praga está ótimo, Budapest (embora seja fantástica), dá pra cortar um dia, assim como na Eslovênia. Ljubljana não tem tanta coisa e ir até Bled, conhecer o lago e voltar, dá pra fazer em algo em torno de 6 horas com folga. As escolhas na Croácia são perfeitas (de Zagreb dá para fazer um day-tour para os lagos Plitvice também). De Dubrovnik dá pra seguir até Sarajevo dando uma parada em Mostar com um guia amigo meu, se interessar, segue o link: http://www.sarajevofunkytours.com/.
      O importante nesse período de alta temporada é fazer as reservas de trem e, se for de ônibus, comprar com uma antecedência boa. Mas tudo lá, acho desnecessário fazer daqui. Espero ter ajudado, Caio! Qualquer outra dúvida, é só escrever! Abraços!

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    • Ah, mais uma coisa: talvez você poderia acrescentar um dia na Rep. Tcheca, porque em Praga há muita coisa para ver e você vai um dia para Český Krumlov. Em sendo assim, seriam melhor 4 dias em Praga e um para visitar Český Krumlov.

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  3. Muito leal seu post! Meu pai era nascido na antiga Iugoslavia, porém, a cidade que consta no registro de entrada no Brasil já não deve existir mais, tem idéia de algum site ou algum órgão com dados de localidades antigas (1927)?

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  4. Olá, Nathan. Minha avó (já falecida) nasceu na Yugoslávia. Não tive muito contato com ela, pois qdo ela faleceu eu era muito pequena, porém sou encantada com sua origem. Pelo q sei ela era de uma cidade chamada Yavoca. Por acaso, vc ouviu falar dela nessas suas andanças por lá? Muito obrigada, Ana Paula

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  5. Olá Nathan, parabéns pelo post, me deixou com mais vontade de conhecer a região. Irei p a Europa em 20 de outubro e ficarei por lá durante 15 dias, o meu vôo é p Londres p não ficarei na cidade, pretendo explorar outra região e a principal aposta são os países da antiga Iugoslávia. Procurei alguma excursão para facilitar a locomoção entre as principais cidades e não perder muito tempo, mas considerando que será baixa temporada, não encontrei nada. Gostaria de saber se é fácil locomover-se dentro dos países. O país que mais quero conhecer é Montenegro, e a segunda opção seria a Sérvia, mas pelo que tenho lido parece que a Bósnia é mais interessante. Se puderes me ajudar ficarei imensamente grata.

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    • Salve, Janaina!

      O transporte na região não é tão fácil quanto aquele encontrado na Europa Ocidental, porém é satisfatório. Conte mais com ônibus do que com trens em alguns trajetos! Se você quiser conhecer a Sérvia e Montenegro, existe um trem que parte de Beograd a Podgorica e da capital montenegrina, você pode pegar um ônibus para o litoral. Se você se interessou na Bósnia (que é um pouco mais complicada em termos de locomoção, por conta da divisão entre República Sérvia da Bósnia e a Confederação Muçulmano-Croata) e quer fazer um tour por lá, recomendo o http://www.sarajevofunkytours.com/. Fiz duas excursões com eles e recomendo muito! As excursões incluem a Bósnia e, em alguns casos, a Croácia também!

      Espero ter ajudado e obrigado pela visita e pelo comentário!

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  6. Estou lendo seus bons ensinamentos sobre os bálcãs em 11 de julho de 2015. Você teria algo mais novo sobre a região ou todas as dicas continuam valendo.
    Vale a pena ir por lá em fevereiro?

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    • Salve, Carlos! Muito obrigado pela visita e pelo comentário! As dicas continuam valendo sim e sobre o período do ano, fevereiro, só te alerto para o frio. Estive lá agora em Sarajevo nesse período com muito frio, neve e chuva. Eu adoro esse clima, mas sei que sou um caso raro hehehehe. Ademais, durante esse período a tendência é a de haver menos trens e ônibus disponíveis, bem como de as cidades litorâneas estarem mortas e dos horários de visitação serem reduzidos. Espero ter ajudado! Abraço!

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  7. Antes de tudo, parabéns pelo post, muito completo e bem escrito.
    Apesar de vc ter citado que as estradas não são um tapete e muita imprudência, para meus planos carro seria o ideal, porém estou tendo algumas dificuldades.
    Sei q se eu locar um carro em Viena ou Milão o seguro não cobre as regiões da ex Iugoslávia. Porém, será que se eu locar em Zagred poderei circular pelos países da região e pela Bulgária e Romênia?
    Desde já agradeço seus comentários.

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    • Caro Neto, muito obrigado pela visita e pelo comentário! Todavia, não tenho familiaridade com o funcionamento de aluguéis de carro na Europa até mesmo porque não dirijo. Espero que você encontre as informações necessárias, mas sinto muto por não poder ajudá-lo nessa parte!
      Mais uma vez, obrigado pela visita!

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  8. Pingback: Dobrodošli u Srbiju! Bem-vindo à Sérvia! | Viaje por Dois

  9. Foi muito util seu post! Estou planejando uma viagem para os paises do Balcã (Tirando Croacia que ja conheci) ,mas ta muito dificil encontrar informações e o roteiro acaba ficando caro comparado aos outros! Mas nao desistirei!!
    Obrigada!

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    • Muito obrigado, Larissa! Fico muito feliz em saber que o post foi útil e tenho certeza de que você amará cada um dos países daquela região! Obrigado pela visita e pelo comentário! Continue nos acompanhando, pois muitos posts sobre os Bálcãs ainda serão publicados!

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